"(...) Se amar assim for brega,
Me chama de marília Mendonça..."
Quem nunca sofreu por amor?
Quem nunca ouviu uma sofrência, bebendo, por amor?
Quem nunca ?
Quem nunca se viu escutando Marília Mendonça?
Quem nunca cantarolou algum refrão da Rainha da Sofrência?
Quem nunca?
Quem não tem uma música que recebeu ou mandou para alguém ?
Você acha que Marília era música Brega?
Ué, mas todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam ridículas se não fossem cartas de amor.
Assim acontece com toda PESSOA. Já dizia o FERNANDO, aquele Álvaro de Campos.
Marília era Marília. E cantava as cartas de amor... ridículas e necessárias, rimando as nossas vidas.
MARÍLIA era PESSOA de CAMPOS. Era o amor e o sofrimento que dele surgia.
Uma Rosa dentre tantos cravos em campos sertanejos.
Era representação. Era Mulher. Fez colorir com outras flores variadas o jardim original.
Prematuramente ida, deixou mais que histórias reais em versos musicados.
Nos faz lembrar que a vida é passagem curta.
Devemos reinverter os valores.
Devemos reescrever poesias, falar de amor e escrever cartas ridículas.
Sofrer na boemia como faziam os grandes poetas Liristas ou populares. Fernandos ou Marílias.
E quem nunca sofreu por amor?
Quem nunca cantou o amor?
Quem nunca cantou o sofrer?
Quem nunca?
Mas se viver e amar assim for brega,
Me chama de Marília Mendonça.
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Beijos, Flores e Música.
Nandita Caymmi